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BOLIDE, O CARRO DE F1 DA BUGATTI

O hipercarro exclusivo para o uso nas pistas parece tão extremo quanto o conceito que estreou há anos atrás. Se esses poucos compradores realmente levarem seu Bolide para uma pista, eles poderão ter um gostinho do que é dirigir um carro de Fórmula 1.

Não é um exagero. O Bolide de produção tem 1.600 cv de potência gerados por seu motor W16, igualando a potência dos outros esportivos da Bugatti. No entanto, ele é consideravelmente mais leve, pesando cerca de 1.133 kg, contra 1.950 kg do Chiron completo. Diz-se que a safra atual de carros de Fórmula 1 tem cerca de 1.000 cv, portanto, o Bolide certamente tem uma vantagem de potência.

A ideia do projeto Bolide, é comercializar um veículo destinado às pistas de corrida. Ou seja, o intuito não é oferecer um carro de passeio para quem se interessar, mas sim, um veículo para quem deseja ter experiência de atingir altas velocidades.

O monobloco específico do Bolide tem desenho que faz lembrar o casco de um catamarã, com o motorista e o passageiro encaixados perfeitamente na estrutura. O projeto também moveu o motor W-16, que agora fica 60 mm mais à frente do que no Chiron2, para melhor equilíbrio para rodar em pista. Para garantir níveis de segurança ainda mais elevados, o Bolide está equipado com sistema automático de extintores de incêndio de nível militar, o que representa uma grande atualização de segurança em todos os aspectos, em comparação com unidades de extintores amplamente utilizadas normalmente em carros de corrida. Outros recursos de segurança são cintos de segurança de seis pontos, suportes de cabeça e pescoço (HANS, head and neck support), como os utilizados peloss pilotos de F-1, além de protetores de cabeça montados nas molduras das portas como componente estrutural. Estes suportes de cabeça, feitos de alumínio impresso em 3D pesam apenas 300 gramas, mas podem suportar carga de mais de 700 kg.

O motor W-16 tem potência de 1.578 cv utilizando gasolina comercial de 98 octanas RON, mas se abastecido com combustível especial de competição, de 110 octanas, a potência pode chegar a 1.824 cv. O motor também foi calibrado para girar em rotações mais elevadas do que os outros modelos Bugatti e, como o foi projetado para uso em pista, todos os quatro turbocarregadores estão sempre acionados para mediata resposta ao acelerador. .

O câmbio automático de dupla embreagem e 7 marchas foi atualizado, assim como o sistema de tração integral com diferenciais controlados eletronicamente. O Bolide também vem com outros recursos como controle eletrônico de estabilidade freios antibloqueio, além de pneus slick Michelin Pilot Sport.
Com peso seco de apenas 1.450 kg e uma força descendente de quase 300 kg na velocidade máxima, que pode alcançar 500 km/h, o Bolide deve bater o recorde da versão especial do Chiron, o primeiro carro de produção a superar 480 km/h, com a marca de 482,8 km/h.

O sistema de freio é único. Os discos deixam de ser em carbono-cerâmica como no Chiron e passam a ser em carbono-carbono — com 390 mm de diâmetro —, para o máximo de resistência ao calor. Como estes precisam de calor para funcionar como pretendido, a Bugatti também desenhou novas pinças capazes de gerar e absorver mais calor.

Além de tudo isso, o Bolide também se destaca pela sua beleza inigualável que o fez vencer o prêmio de carro mais bonito do mundo em 2021.

Todos os 40 exemplares já foram vendidos ao preço de 4 milhões de euros (21,2 milhões de reais na conversão direta).

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